quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Feijoada para 250 pessoas maravilhosas!
De repente me vi diante daquelas panelas grandes e assustadoras, poderia até dizer que não tinham nada em comum, seria mentira, afinal era minha seara. Sempre e por criação tive a felicidade de ir pra cozinha cedo e feliz com aquela postura de atender todos os que na “hora do almoço” estavam presentes e também os visitantes.
Posso dizer francamente que minha formação culinária tem raízes na senzala, no terreiro, na cozinha mineira, naquela cozinha que hoje é considerada “cozinha excêntrica” em função dos temperos fortes e com apelos para a força das carnes com toques de gorduras, por isso panela grande, não me assusta.
Sou cria das Geraes e como tal adoro o sabor dos caldos, dos torresmos, do arroz de alho, da couve fina, “daquela” carne de porco de panela, do tutu de feijão preto, das canjiquinhas, do angu de fubá amarelo servido com o frango caipira e quiabo sem baba, que já foi responsável por colocar “gourmets” de joelhos, desesperados, por não entenderem o sabor da raiz da felicidade e nem como tirarem a baba.
Labrobrô, ora pro nobis, quem sabe o destino dessas composições na cozinha? Talvez a Ana Maria Braga em suas inconseqüentes e delicadas investidas na cozinha possa explicar o inexplicável, entretanto, jamais poderá completar com sabedoria o paladar único e completo de um mexidinho mineiro feito com todas as sobras dos ingredientes utilizados naquele almoço saboroso e completo, apimentado e apurado em seus temperos, cujo acompanhamento foi cachaça pura da roça e cerveja gelada.
Junte a isso tudo uma musicalidade que me influencia e que vem de Vinicius, Toquinho, Milton Nascimento, Fagner, Elba, Lenine, o que torna a responsabilidade de cozinhar maior que apenas servir o que querem comer, trata-se de combinar o momento de inspiração musical com a grata e perfeita obra de fazer com que todos se sintam próximos e presentes interligados pela alegria da mesa posta e comida farta.
Enveredei por caminhos europeus e pesquisas de sabores além Brasil, pequei! Nossas raízes e nascentes alimentares transcendem todas as ofertas de fast food, não se misturam. Concluí que nossos sabores são territoriais, limitados ao conhecimento da cozinha da vovó, não se dispersam, pois não se conhecem suas receitas, entretanto, guardam em si um sabor único que só o ato de amor na cozinha pode compreender.
Guardei em meu coração todos os momentos culinários que não mais existem, tal como o socar o “alho”, cortar a couve “bem fininha”, cozinhar o angu até “soltar” da panela, colocar o cheiro verde “depois”, e outros mil exemplos mais, entristecendo-me ver “chefs” de cozinha apresentar pratos que mais parecem uma estatua decorativa que um alimento, estimulados que são por ilustres famosos que encaram o frugal nas festas, após refestelarem-se em casa antes do couvert.
Limito-me hoje a atender àqueles que se acercam da pessoa e não do chef, os que fazem desses momentos alegres e completos o transbordo entre o ato simples e completo de saciar-se da fome pensando em aplacar as ansiedades e a felicidade da presença participativa e feliz de uma cozinha familiar.
Receitas e lista de ingredientes pelo e-mail: danielmaura@gmail.com
Texto Daniel MM
Foto: Jeferson Moro
Posso dizer francamente que minha formação culinária tem raízes na senzala, no terreiro, na cozinha mineira, naquela cozinha que hoje é considerada “cozinha excêntrica” em função dos temperos fortes e com apelos para a força das carnes com toques de gorduras, por isso panela grande, não me assusta.
Sou cria das Geraes e como tal adoro o sabor dos caldos, dos torresmos, do arroz de alho, da couve fina, “daquela” carne de porco de panela, do tutu de feijão preto, das canjiquinhas, do angu de fubá amarelo servido com o frango caipira e quiabo sem baba, que já foi responsável por colocar “gourmets” de joelhos, desesperados, por não entenderem o sabor da raiz da felicidade e nem como tirarem a baba.
Labrobrô, ora pro nobis, quem sabe o destino dessas composições na cozinha? Talvez a Ana Maria Braga em suas inconseqüentes e delicadas investidas na cozinha possa explicar o inexplicável, entretanto, jamais poderá completar com sabedoria o paladar único e completo de um mexidinho mineiro feito com todas as sobras dos ingredientes utilizados naquele almoço saboroso e completo, apimentado e apurado em seus temperos, cujo acompanhamento foi cachaça pura da roça e cerveja gelada.
Junte a isso tudo uma musicalidade que me influencia e que vem de Vinicius, Toquinho, Milton Nascimento, Fagner, Elba, Lenine, o que torna a responsabilidade de cozinhar maior que apenas servir o que querem comer, trata-se de combinar o momento de inspiração musical com a grata e perfeita obra de fazer com que todos se sintam próximos e presentes interligados pela alegria da mesa posta e comida farta.
Enveredei por caminhos europeus e pesquisas de sabores além Brasil, pequei! Nossas raízes e nascentes alimentares transcendem todas as ofertas de fast food, não se misturam. Concluí que nossos sabores são territoriais, limitados ao conhecimento da cozinha da vovó, não se dispersam, pois não se conhecem suas receitas, entretanto, guardam em si um sabor único que só o ato de amor na cozinha pode compreender.
Guardei em meu coração todos os momentos culinários que não mais existem, tal como o socar o “alho”, cortar a couve “bem fininha”, cozinhar o angu até “soltar” da panela, colocar o cheiro verde “depois”, e outros mil exemplos mais, entristecendo-me ver “chefs” de cozinha apresentar pratos que mais parecem uma estatua decorativa que um alimento, estimulados que são por ilustres famosos que encaram o frugal nas festas, após refestelarem-se em casa antes do couvert.
Limito-me hoje a atender àqueles que se acercam da pessoa e não do chef, os que fazem desses momentos alegres e completos o transbordo entre o ato simples e completo de saciar-se da fome pensando em aplacar as ansiedades e a felicidade da presença participativa e feliz de uma cozinha familiar.
Receitas e lista de ingredientes pelo e-mail: danielmaura@gmail.com
Texto Daniel MM
Foto: Jeferson Moro
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Torta de banana (integral)
Ingredientes
01 ovo
02 c.s. farinha de trigo
02 c.c. açúcar mascavo
01 colher de sobremesa de margarina light
02 c.s. de farinha de trigo integral
½ c.s. de fermento em pó
02 bananas prata
01 c.c. de canela em pó
Modo de Preparo
Misture os ingredientes (exceto as bananas) até formar uma massa homogênea. Unte com farinha uma forma de torta e distribua a massa. Leve ao fogo baixo mexendo em panela uma banana picada até formar um purê. Arrume o purê sobre a massa. Corte a banana restante em rodelas e disponha sobre o purê, polvilhe canela e açúcar, leve ao forno baixo até dourar.
Foto ilustrativa
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